quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

DE MIM

Eu,
sou gaivota rasgando o ceu
livre,solta,endoideçida
em busca de um sonho meu
duma enorme paixão vivida

sou o Rio espelho d`água
correndo sem me cansar
esqueçendo a dor e a mágoa
p`ra na foz do amor descansar

sou papoila que se agita
a bailar ao som do vento
amando este Pais que grita
Num poema:uma preçe um lamento

sou onda que se agiganta
na imensidao do mar
quando escuto:amigo canta
lanço-me num fado a cantar

sou Serra guardando segredos
bosque de histórias e contos
desprezando mentiras, enredos
me afastando do mundo dos loucos

sou chama do sol de verão
nuvém escura a desabar
um misto de emoção
ao partir e ao chegar

sou do tempo, intemporal
no espaço, esqueço a morada
um viajante imortal
uma alma apaixonada.

Autor: Luis da Mota Filipe
(Poema com que venci o 1º prémio de Mérito Literário, no " Concurso de Poesia Aurélio Fernando de Riba de Ave-VN DE FAMALIÇÃO "em 2010.

TERTÚLIA POÉTICA

Participarei na tertúlia poética na sábado, 09 Jan 2009 no Palácio Galveias em Lisboa.

QUE FADO É ESTE?

Que fado é este
Que não posso mudar
Que invade minh`alma
E que á noite me faz cantar

Que fado é este
Que eu pergunto eternamente porquê
As razões de quem o sente
Do destino anda á merçê

Que fado é este
Que transporta nostalgia
Que do choro e da emoção
Se torna em mágoa e magia

Que fado é este
Que nos rouba e nos ofereçe
Sonhos, esperanças e tormentos
Sempre que anoiteçe e amanheçe

Que fado é este
Que agita tantos corações
Umas vezes é canto ternurento
Outras somente um mar de turbilhões

Luis da Mota Filipe