És da noite...
dos candeeiros e das lanternas,
que iluminam a Cidade,
o mesmo lugar que percorres,
num misto de mágoa e saudade;
És da noite...
das esquinas, das vielas,
frias, escuras, sombrias,
palco para a tua dor,
teus desamores e agonias;
És da noite...
da magia dos teatros,
e dos retiros fadistas,
de tantos fados e poemas,
que bailam nas vozes de artistas;
És da noite...
dos passos que fazem ecos,
dos murmurios e segredos,
dos amantes, das paixões,
das histórias de mil enredos;
És da noite...
das estrelas, do luar,
dum sonho, duma ilusão,
dos beijos apaixonados,
que aquecem teu coração;
És da noite...
do grito e do riso,
do mal e do bem,
És de todos...mas nao és de ninguém !
Luis da Mota Filipe
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